sábado, 12 de março de 2011

De repente...

        
De repente eu sinto falta de tudo que se foi. Do meu cabelo grande, da casa que morava, dos amigos que se afastaram, da escola que estudava, das manias que eu tinha, de ter novamente uma melhor amiga, que quando me despedi eu disse "até logo", só que isso significou infelizmente - adeus. Dos amores da infância, dá época que a preocupação eram os brinquedos e não os estudos e amores. De repente tudo começa a me torturar, a me fazer chorar, me fazer mal. E logo me torno uma adolescente diferente das outras, sem melhor amiga, sem vontade de ir pra baladas, sem vontade de estudar, sem vontade até de acessar internet. Me sinto um nada perto do mundo. Estou cada vez mais acreditando nas verdades falsas e nas mentiras ocultas, sobrevivendo em função das pessoas erradas e deixando de viver com as certas. Tendo medo de parar de usar meu coração. Tenho medo de falar com pessoas que desejam que eu seja muda. Medo de aparecer para pessoas que desejam o meu sumiço. Medo de mostrar meus problemas para quem acha que minha inexistência é a solução. Tenho medo e sou a maior medrosa assumida que conheço.  Sinto que não consegui cumprir com a difícil tarefa de saber conviver comigo mesma, não consigo entender tudo aquilo que se passa por dentro, e vem o passado e mostra que nossas certezas não são tão certas assim. Ai que bate aquela saudade de tudo que passou. O medo de ter feito alguma coisa errada e a sensação de ser a culpada de tudo aquilo que não deu certo. 

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